Lexus LS, ‘destruído’ milhões de vezes, chega ao fim da linha
Depois de 36 anos, o Lexus LS dará adeus ao mercado. Sem alarde, a marca apresentou uma edição de despedida, batizada de Heritage Edition. Ela mesma descreve a série como “uma homenagem ao último ano”.
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O Lexus LS 500 AWD Heritage Edition 2026 terá apenas 250 unidades. Ele é equipado com motor V6 biturbo 3.4 de 416 cv e 52,5 kgfm de torque, combinado com transmissão automática de 10 marchas e tração integral.

Para prestigiar a edição final, a Lexus oferecerá o LS com pintura preta Ninety Noir, acompanhada de rodas diamantadas com 20 raios. Por dentro, interior em couro vermelho, além do pacote padrão da versão que inclui assistentes de condução, serviços conectados, climatização digital, bancos elétricos e outras mordomias, que justificam seu preço de quase US$ 100 mil.
Nocauteado pelos SUVs
O cadafalso do LS era mais que esperado. A atual geração do sedã de luxo chegou ao mercado em 2017 e basicamente era vendido nos Estados Unidos, com volumes irrisórios. Para se ter uma ideia, em 2024, apenas 2 mil unidades foram licenciadas.
No início deste ano, o modelo já tinha sido descontinuado no Reino Unido. Uma das razões pelo fraco desempenho é a queda de interesse por sedãs. Hoje, o mercado de luxo se inclinou para os SUVs.
A própria Lexus oferece nada menos que sete SUVs no mercado norte-americano, com preços que vão de US$ 38 mil a US$ 107 mil. Já a família de sedãs conta com apenas três modelos.
Lexus LS: o sedã que apresentou a marca ao mundo
Em 1989, a Toyota apresentou ao mercado global a sua divisão de luxo, a Lexus, criada para competir diretamente com marcas europeias e norte-americanas no segmento premium. O primeiro produto foi o Lexus LS 400, um sedã de grande porte que representava o ápice da engenharia da companhia japonesa no fim dos anos 1980.

O desenvolvimento do projeto, iniciado no início dos anos 1980, mobilizou um exército de engenheiros e resultou em um automóvel pensado para o mercado norte-americano, especialmente para enfrentar a Mercedes-Benz Classe S e o BMW Série 7. O objetivo era oferecer refinamento, confiabilidade e custo de manutenção mais baixo do que os rivais alemães.
O “Mercedes japonês”
O LS 400 rapidamente ganhou a alcunha de “Mercedes japonês”, tanto pela proposta de conforto e sofisticação quanto pela semelhança visual com a Classe S da época. O sedã estreava um motor V8 4.0 litros de 250 cv, câmbio automático de quatro marchas e tração traseira. Além do desempenho consistente, o foco estava no isolamento acústico e no acabamento interno, que marcavam um salto para a indústria japonesa.

A estratégia da Lexus deu resultado imediato. O LS conquistou espaço no mercado dos Estados Unidos, superando expectativas de vendas e consolidando a imagem da nova marca como alternativa de luxo acessível e confiável.
A aparição em Street Fighter II
Curiosamente, o Lexus LS também ficou registrado na cultura pop. Em Street Fighter II, jogo lançado em 1991, havia uma fase bônus em que o personagem destruía um automóvel em poucos segundos. O carro escolhido pelos desenvolvedores da Capcom tinha formas e proporções muito semelhantes ao LS da primeira geração, reforçando sua associação imediata a um sedã de luxo japonês da época.

Essa representação acabou se tornando uma das aparições mais caricatas do modelo fora do mundo automotivo. A própria Toyota tirou proveito da inusitada aparição e criou um vídeo para divulgar o lançamento do SUV C-HR em que o carro visita as fases do game, ao som de Keep Your Self Alive, do Queen e derrota o vilão Vega (M.Bison).
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